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Fortaleza, 03 de Abril de 2013
O Povo on-line
Aquiles Rique Reis (MPB4)

Um CD gravado mas só lançado três anos depois comprova a dificuldade em fazer com que bons trabalhos cheguem ao público. Por vezes, o lançamento sozinho é de pouca valia para levar tais obras aos ouvidos dos amantes da boa música brasileira. Com o avanço tecnológico, a gravação de um CD tornou-se coisa não muito complicada. A coisa pega quando se parte para fazer com que o disco chegue à mídia... Imaginar que novos lançamentos, ainda que de altíssima qualidade, serão tocados nas rádios ou levados às TVs é evidência de ingenuidade.

Toda esta introdução para dizer que Teroca é um grande sambista e compositor. Araraquarense cujo nome de batismo é Marcelo Longo Vidal, ele tem nas veias o micróbio do samba. Isso se constata logo nas primeiras audições do seu segundo disco, Elos do Samba (independente), gravado em 2010 e agora lançado.

Sambista radicado desde sempre em Araraquara, interior de São Paulo, Teroca (www.teroca.com.br) é pouco conhecido para além da região onde nasceu. Ainda assim, tem o respeito e a admiração de bambas cariocas e paulistas. Bambas como Monarco, Wilson Moreira, Délcio Carvalho, Zé Luiz do Império Serrano, Fabiana Cozza, Maria Martha, Carmen Queiroz, Dona Ináh, Luiz Grande, Chapinha e Bob do Império, por conhecerem o dom de Teroca, se dispuseram a compartilhar com ele seus belos sambas.

São quinze faixas, todas compostas por Teroca. Dessas, quatro são cantadas apenas por ele; cada uma das outras tem a participação especial de um dos nomes acima. São várias as formas de samba que Teroca compõe: sambas de roda, partido-alto, sambas de quadra e de terreiro, sambas-exaltação, samba-xote, sambas dolentes, samba-canção. Suas letras tanto são românticas quanto brejeiras. Mas o que mais qualifica suas composições é quando ele se vale de tons menores para criá-las. É um craque nisso. Esse recurso, aliás, em suas sábias mãos equivale ao diamante na ourivesaria – requinte e fortuna.

O CD começa com Fabiana Cozza cantando a capella “Filho de Ogã”. Logo o samba de roda vem puxado pelos tambores. O coro come. Nada mais brasileiro. Contagiante.

Em “Correnteza”, os versos finais dizem: “Se ficar pela margem/ Aguardando coragem/ Pode ser que a vida se decida não reservar/ As surpresas que trazem / O prazer da passagem/ O futuro é o presente que a gente quer alcançar”. Zé Luiz do Império Serrano canta a melodia entristecida por um tom menor, mas de uma beleza ímpar.

Maria Martha canta magnificamente “N’Oitis”, um samba lento em homenagem a Araraquara. Com a introdução tocada por clarinete e violão, na segunda vez o sete cordas puxa o ritmo com seus bordões.

“Serenidade” parece um samba escrito especialmente para a voz suave de Délcio Carvalho. A flauta inicia. A delicadeza chega pela garganta desse grande compositor e intérprete que é Délcio Carvalho. O samba segue malemolente.

Os belos sambas de Teroca representam o gênero que, para ser coisa nossa, independe do lugar onde é criado.



Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012
Canal Brasil
Blog do Tárik de Souza

http://colunas.canalbrasil.globo.com/platb/tarik/2012/05/08/guinga-do-villa/
# Engenheiro civil e professor de matemática, de Araraquara, interior paulista, Marcelo Longo Vidal, o Teroca, a despeito do perfil inusitado é sambista de mão cheia. A comprovação está no disco autoral “Elos do samba”, com participações avalizadoras de Monarco (“Meu elo”), Wilson Moreira (“Calmaria”), Délcio Carvalho (“Serenidade”), Fabiana Cozza (“Filho de Ogã”), Luiz Grande (“Macarrão sem molho”), Zé Luiz do Império Serrano (“Correnteza”) e ainda Maria Martha (“N’oitis”) e Dona Inah, vencedora do I Festival de Samba do Estado de SP, em 2007, com o samba de roda dele, “Bamboleio”. Conheça melhor este bamba paulista em www.teroca.com.br

Araraquara.com – 16 de Agosto de 2011

Elos da cidade

Os encontros musicais que já foram ouvidos em “Elos do Samba”, álbum de Marcelo Longo Vidal, o Teroca, lançado no início do ano, foram registrados pelas lentes de outro Marcelo para tornar-se o elo de documentário homônimo, lançado no Teatro Municipal, na noite do último domingo.

Por Felipe Turioni

Os encontros musicais que já foram ouvidos em “Elos do Samba”, álbum de Marcelo Longo Vidal, o Teroca, lançado no início do ano, foram registrados pelas lentes de outro Marcelo para tornar-se o elo de documentário homônimo, lançado no Teatro Municipal, na noite do último domingo.
Os espectadores puderam conferir, com a direção de Marcelo Machado, as composições de Teroca ilustradas pelos cenários da cidade e pelos estúdios da rádio Uniara FM, onde é gravado o programa “Do Quintal ao Municipal”, que teve um de seus episódios como fio condutor do documentário.
As conversas registradas no programa de aniversário de José Luís Cabrera, o Tecão, que divide a apresentação ao lado de Teroca, norteiam histórias que vão além dos elos de amizade do compositor com sambistas paulistas e cariocas, que gravaram participações no CD e no show de lançamento, ao mostrar a relação com os elos do cotidiano da cidade e dos ouvintes do programa.
Histórias inusitadas como a cantada em “Santo Leitão”, que retrata um episódio vivenciado na Vila Xavier, quando uma família inteira, na tentativa de apartar um porco para o almoço de Páscoa, acaba alcançando o leitão dentro da Igreja de Santo Antônio, interrompendo o sermão do padre e dando origem a outra discussão, sobre a continuidade da vida do animal.
Outros elos com a cidade podem ser observados nas cenas do cotidiano captadas por Machado. Como as imagens que abrem a narrativa ao som da música “N’oitis” e que mostram o Bulevar da Rua 5 com suas árvores iluminadas pelas luzes artificiais da noite em um movimento contínuo até a alvorada na Morada do Sol.

SimNews – Araraquara
05 de Agosto de 2011