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Uma praça que divide muitas histórias da nossa Araraquara.
Uma praça que divide até mesmo a dúvida de não ser demarcada com o tradicional verdinho do google maps com a sua localização.
Com endereço na Rua Voluntários da Pátria, ou rua cinco, a Praça das
Bandeiras possui mais de 100 anos dividindo sua vizinhança com um
tradicional e pitoresco point de debates e encontros dos conterrâneos da
cidade, o Bar do Zinho.
Sem preconceito de raca, “credo”ou classe social, a praca da bandeira
abriga o encontro de varios gostos musicais e eventos distintos.
Alem disso, a praça ainda possui uma “geladoteca”, com incentivo dos
moradores locais, onde uma geladeira fica disponível para troca de
livros usados. O projeto teve início em 2012 e permanece como um local
convidativo para a cultura e o lazer.
Mesmo nas ruas superlotadas de pessoas a solidão pode se manifestar, pois independe dos outros e, sim, da sua própria postura perante as provações e adversidades que a vida nos envolve. Na praça – que é do povo, como diz a música – a alegria pode imperar, se soubermos conviver. A convivência, pacífica e solidária, é o grande salto na evolução do ser humano.
A história do Baile do Carmo é também a trajetória dos negros em
Araraquara. Antes conhecido como “Baile dos Pretos”, dos “Coloreds” a
tradição já dura mais de 120 anos na cidade.
Diz a lenda que, em 1888, o escravo Damião, após uma visão divina, começou a divulgar e promover uma festa somente para negros da comunidade Aracoara, hoje conhecida como Araraquara.
Originalmente com o nome de “Linha de tiro Federal nº 610″, a base do serviço militar do tiro de guerra realiza suas operações militares na comunidade de Araraquara desde outubro de 1917
No ano de 1945, pela Portaria Ministerial nº. 8.747 de 31 de outubro, todos os Tiros de Guerra existentes no país foram extintos e, pela mesma portaria foram criados aqueles que os substituíram.
No caso de Araraquara, foi extinto o Pelotão nº610, ou Tiro de Guerra nº610, e para seu lugar foi criado o Tiro de Guerra nº06, instalado na cidade em 14 de novembro de 1945. Mais tarde, a partir dos anos 80, o TG 02-006 foi substituído, em identificação, pelo atual TG 02-002.
O Tiro de Guerra, através de sua história, desde o período em que era Linha de Tiro Federal, funcionou na Rua do Comércio nº117, Avenida 15 de novembro, entre as ruas 5 e 4, Rua Itália esquina com Avenida Feijó, e atualmente da Vila Xavier.
Diz a lenda que, em 1888, o escravo Damião, após uma visão divina, começou a divulgar e promover uma festa somente para negros da comunidade Aracoara, hoje conhecida como Araraquara.
A tradição é o luxo das vestimentas neste dia especial para a comunidade
que dão o “glamour ” da festa, sempre realizada no mês de julho.
Originalmente com o nome de “Linha de tiro Federal nº 610″, a base do serviço militar do tiro de guerra realiza suas operações militares na comunidade de Araraquara desde outubro de 1917
No ano de 1945, pela Portaria Ministerial nº. 8.747 de 31 de outubro, todos os Tiros de Guerra existentes no país foram extintos e, pela mesma portaria foram criados aqueles que os substituíram.
No caso de Araraquara, foi extinto o Pelotão nº610, ou Tiro de Guerra nº610, e para seu lugar foi criado o Tiro de Guerra nº06, instalado na cidade em 14 de novembro de 1945. Mais tarde, a partir dos anos 80, o TG 02-006 foi substituído, em identificação, pelo atual TG 02-002.
O Tiro de Guerra, através de sua história, desde o período em que era Linha de Tiro Federal, funcionou na Rua do Comércio nº117, Avenida 15 de novembro, entre as ruas 5 e 4, Rua Itália esquina com Avenida Feijó, e atualmente da Vila Xavier.
Araraquara repousa sobre o famoso Aquífero Guarani, a maior reserva de
água doce do planeta. Essa água, obviamente, foi-se depositando ali em
função das condições da natureza nesse entorno, obedecendo a topografia,
a geologia e a pluviometria. No entanto, cada gota de água que circula
pelo solo e vai formar os córregos – como o da Servidão, local, que
forma a cachoeira da foto, dentro da Fazenda Salto Grande – via de
regra, acaba sendo contaminada pela ação antrópica, do ser humano, que
ainda não se deu conta de que ela, a água, é a nossa maior riqueza.
José Maria Tescari nasceu em Leguano, província de Verona, na bela Itália, em 05 de Julho de 1882.
Estudou violino e harmonia com seu pai, Domingos Tescari, que era professor do Conservatório de Gênova.
Aos 8 anos de idade deu seu primeiro concerto, tocando com seu pai e duas irmãs para o Rei Humberto I.
Em 1894, com 12 anos de idade, veio para o Brasil, continuando seus
estudos no Colégio São Luís, da cidade de Itu, onde seu pai passou a
lecionar.
Após concluir seus estudos, atuou e lecionou nas cidades de Itu,
Araraquara e Rio de Janeiro, fixando-se, definitivamente, em Araraquara,
por volta de 1913.
Foi um dos fundadores, em 1928, do Conservatório Dramático e Musical de
Araraquara, uma das primeiras escolas do gênero no Estado de São Paulo.
Ali lecionou violino, piano, teoria musical e harmonia.
Em 1943, fundou a Orquestra Sinfônica de Araraquara e, em 1947, o Quarteto de Cordas.
Organista e regente da Igreja Matriz de São Bento, e igrejas do Carmo e
Santa Cruz, atuou também como diretor da pequena orquestra que se
apresentava durante as exibições nos cines Bijou e Polytheama,
sonorizando com sua música as exibições do cinema-mudo.
Compositor versátil, escreveu impressionante acervo musical, que varia
de pequenas e graciosas canções e sinfonias, operetas e operas, além de
muitas peças sacras.
Conectado com os tempos, o dele e o nosso, escreveu, assinando com o
próprio nome ou com os pseudônimos de Jostes, Portes ou Achilles Milles,
inúmeros textos para o Jornal O Imparcial, onde se percebe, pela
conjunção de um teor crítico e da observação criativa e bem humorada, a
presença de um homem que praticou o exercício de lançar um olhar e
também um ouvir para a paisagem visual e sonora de nosso tempo !!!
O compositor e maestro José Maria Tescari faleceu em 1º de Janeiro de 1954, com 71 anos de idade.
Jorge Brandão Coutinho, o Mestre Jorge (1.932-2.010), era, para nosso
orgulho, ouvinte assíduo do programa “Do Quintal ao Municipal”, que
apresentamos semanalmente na Rádio Uniara local. Dono de uma técnica
própria e perfeccionista na arte das esculturas, é, certamente, um
patrimônio cultural de nossa cidade, reconhecido mundialmente por suas
esculturas, as quais, ainda na fase bruta, se parecem envernizadas, tal o
requinte de sua arte.
A África de hoje é semelhante à África de ontem. Isso mesmo, aquela
África da qual o que, mal soubemos, quando alunos em nossa infância e
adolescência, serviu o mundo dos invasores das esquadras ultramarinas
com seus habitantes, vendidos e deportados como escravos,continua, no
século vinte e um, com seus habitantes – em sua maioria, mais de 70%
deles – sobrevivendo em condições miseráveis. De nada adianta a mídia
providenciar matérias puntuais nas quais se destacam a mínima evolução
de alguns países em suas capitais, se o mundo não parar para repensar a
forma de lidar e, definitivamente, incluí-la no banquete dos poderosos,
dando, aos seus povos, dignidade e orgulho de serem africanos. A
hipocrisia mundial capitalista continua, sob a forma de neo-escravidão,
bancada pelas ditaduras e algumas repúblicas que, infelizmente, se
corrompem, ao primeiro aceno de investimento dos especuladores mundiais.
As musas, misteriosas e perfeitas, que povoam o inconsciente de um
compositor, são, reconhecidamente, frequentes e intangíveis, acessíveis
apenas ao nosso pensamento. Na MPB várias delas ocupam lugar de
destaque, e dentre estas, duas, na área do samba, ainda não foram
encontradas: a Maria Rita, do Luiz Grande, sucesso homônimo na voz de
João Nogueira, e a Inês, do Adoniran Barbosa, personagem central de
“Apaga o fogo, Mané”. Nesta restrita classe é que se inclui a “Marinês”,
servindo de mote para homenagear esses grandes nomes do samba.
A primeira escola a ser frequentada em nossa vida nunca sai da
lembrança. Foi lá que aprendemos, inicialmente, a lidar com a linguagem
escrita e simbolizada, encarando assim as primeiras lições de Português
(na época se falava Língua Pátria) e de Matemática. Tínhamos que nos
esforçar para acompanhar a dinâmica dos excelentes professores da então
respeitadíssima escola pública primária. É aí que entra o Grupo Escolar
Pedro José Netto, em longevidade, o terceiro grupo implantado em
Araraquara, desde 1.941 na ativa, até os dias atuais. Foi lá que aprendi
a ler os primeiros poemas – e depois praticá-los em música – e a gostar
das aritméticas da vida e seus teoremas, gosto este amadurecido e
levado até a universidade, com a utilização e manuseio da extinta régua
Tê nas minhas primeiras engenheiranças.
Muito longe de serem marionetes, mas com o dom de interpretarem com
propriedade composições em que a letra faz simbiose sutil – sem ser
despretenciosa – com a melodia e a harmonia, os “canários” convocados
neste disco para darem corpo musical fizeram bonito. Tico Belda,
jornalista e amante do samba, inclusive, me deu o prazer de sua parceria
nesta aqui; já o Juninho Barros – excepcional voz do samba da cidade – e
o Gustavo do pandeiro e de São Carlos viajaram a timbres que muito
valorizaram, respectivamente, “Declaração” e “Verniz”.
O Quarteto Café desempenha, não só em Araraquara mas no estado todo, a
brasilidade pura do chorinho brasileiro, com maestria e modernidade,
sendo reverentes aos grandes bambas homenageados nesta letra como
Pixinguinha, Waldir Azevedo, Rossini Ferreira, Jacob do Bandolim,
Luperce Miranda e Nicolino Cópia, mas também com leituras modernas e
próprias de um gênero que não tem fim em suas possibilidades melódicas,
harmônicas e rítmicas. Aproveitamos aqui para, mais uma vez, agradecer
de coração a todos os outros trinta e um músicos que deram sua bela
contribuição a este disco.
O que dizer a respeito do Mestre Monarco? No cartório, registrado como
Hildemar Diniz, na vida, driblando todo tipo de dificuldade com sua
melodia requintada, sua poesia simples, sincera e apurada e, claro, seu
timbre referencial no mundo do samba. Meu grande “professor” na matéria
samba, que não faz parte da grade escolar de nenhum município, que,
certo noite, numa mesa de um refeitório antes de um de seus shows, me
convidou para lanchar e, de súbito, após todos os presentes – incluindo
aqui Cristina Buarque, Mauro Diniz e o famoso historiador do samba Pelão
– se manifestarem a respeito de um cd de samba recém lançado com alguns
“bois com abóbora”, deu um veredicto que pra mim funcionou como a maior
lição para se compor um samba: “Samba não tem segredo. Você deixa a
melodia ir te levando, de repente faz uma curva aqui, outra ali, e, sem
pressa, ele estará pronto, encorpado, sinuoso e puro para ser cantado e
tocado”.
Por falar em Monarco, parafraseando e adaptando seu verso “Se for falar
da Portela, hoje eu não vou terminar”, tenho certeza que ficaríamos
linhas e linhas aqui elencando uma coleção de artistas e célebres
rebentos nascidos em Araraquara e não terminaríamos tão cedo essa
listagem. Na letra deste samba-de-enredo, alguns citados representam
todos os demais, seja na música, na literatura, na escultura, na
xilogravura, no teatro, na dança e, se assim acordarmos, no futebol – de
outrora, repleto de artistas da bola – que emergiram e ganharam o mundo
a partir das categorias de base da querida Ferroviária.
Não gosto nem de citar essa palavra, pois transmite, de forma básica, um
sinônimo de covardia. Prefiro seu antônimo – citação, menção – a qual,
aproveitamos aqui, neste fechamento, para dizer que a trilogia formada,
cronologicamente, nesta ordem, pelos CDs “Com todo respeito”, “Elos do
Samba” e “Sembacoara”, significa a realização da licença pedida aos
grandes bambas, seguida do convívio com ao bambas da atualidade (com
muita saudade do compadre Delcio Carvalho que acaba de nos deixar, bem
antes do combinado) e, por fim, a autorização dada por todos eles para
que possamos seguir no caminho das nossas intuições, convicções e
cidadania, transmitindo, através do samba, a paixão e o orgulho de me
sentir brasileiro, do brasileiro do bem, daquele que sabe que tem que
fazer a sua parte para, depois, poder cobrar a parte do outro.